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Parte 1
Parte 2
Parte
3
Parte 4
Parte 5
Parte 6
Parte 7
Parte 8
....
Continuação...
...
-
Renne! Ela morreu por sua causa!
- O
que é agora? Ta querendo me fazer sentir mais culpada do que eu já me
sinto?!... – Renne bateu a porta na cara de Lady Dark.
Elas
discutiam. Estavam na casa de Lady Dark, já que a casa dos Zakaminy havia sido destruída
pela explosão de energia.
-
Pois bem Renne pode ir arranjando outro lugar para morar, você esta deserdada!
– Lady Dark perdeu a calma, chutou a porta do quarto de Renne e desapareceu.
- Com
todo o prazer! Eu só estava tentando salvar a minha vida. Eu não pedi isso...
Eu só queria ser normal!... – sua voz ia se enfraquecendo e ela começou a
chorar.
As
lágrimas caiam de seu rosto, ela se ajoelhou no chão e deitou sua cabeça de
bruços na ponta da cama. Ouviu uma voz:
- Não
se faça de inocente agora!
Era
Sezor, ele estava com raiva.
- Não
se preocupe, eu já estou indo embora.
- Não
quero que você vá embora, quero que você morra.
Renne
sentiu uma lamina encostar seu pescoço, ela alevantou a cabeça conforme a
espada de Sezor a levou, ela estava mais bonita, seus cabelos estavam
compridos, sua roupa era mais curta e provocante, seus olhos estavam mais bem
marcados, seus traços antes mais delicados, agora estavam mais fortes, mais
agressivos.
Renne
passou a mão nos olhos secando as lágrimas, estava séria:
-
Sezor, não quero lutar com você.
Sezor
recolheu sua espada:
- Vai
embora antes que eu me descontrole.
-
Sezor, me perdoa?!...
Ele
deu as costas a Renne:
- Não
garanto nada, não sei se um dia eu vou conseguir te perdoar, o que você fez é
realmente imperdoável.
Ele
saiu e fechou a porta.
-
Adeus!
Renne
começou a arrumar duas malas medias, nas quais caberam todas as suas roupas
quase todas as coisas que ela possuía.
Já
era noite, Renne pulou pela janela com suas malas e uma bolsa com objetos
pessoais, pendurada por baixo de sua capa.
Renne
parou, olhou o estrago, a destruição da cidade, lembrou-se de quando aquele
lugar ainda era bonito, com muitos habitantes calmos. Lembrou-se de Suzi, de
Kid Kim Key, de Gina, de Mey. Quando veio a lembrança de Yoko, sorrindo ao
olhar um lindo pôr-do-sol. Uma lagrima caiu, Renne limpou o olho com a mão
rapidamente, olhou para aquele horizonte de arvores mortas e pensou: “Esse é o
resultado do meu poder, não importa, não me importa aquilo que os outros
pensem, eu vou recuperar o Rubi da Luz e governar Scar Black, eu vou sair
daqui, mas ate eu achar o Rubi da Luz não tenho alternativa a não ser abrigar
na casa de Mey”.
Renne
entrou na mansão, seu salão de entrada era circular, com estranhos desenhos no
chão e uma grande luminária no teto alto; com duas escadas em caracol que
levavam ao andar superior, mais ao canto uma escada que levava ao porão no
subsolo, do outro lado do grande salão havia uma porta que levava a cozinha.
Estava
tudo cheio de pó e teias de aranhas.
Renne
sentiu um frio na espinha.
Enquanto
isso,... Lady Dark e Sezor conversavam, estavam em um quarto que seria o de
Sezor, suas armas estavam penduradas na parede acima da escrivaninha repleta de
livros de magia de Lady Dark, um guarda roupas muito antigo ocupava a outra
parede, a janela estava quase toda fechada e o quarto estava mal iluminado,
Sezor estava sentado na cama e Lady Dark estava em pé na frente dele:
-
Tenho uma coisa muito importante a lhe dizer, Sezor, você foi o escolhido.
- Fui
quem?!...
-
Você deve encontrar o Rubi da Luz...
- Já
sei, já sei, voltar para Scar Black, derrotar o inferno e governar o mundo...
Pera ai,... Eu?!...
- É
sim, você.
-
Caramba! Por que eu?
-
Você é forte, corajoso, e também, foi o filho que sobrou. Mas, tenha cuidado,
tem mais gente que esta atrás da pedra.
-
Quem?
- Sua
irmã.
- Por
que Renne quer o Rubi da Luz?
-
Para provar alguma coisa.
-
Provar o quê?
- Seu
valor como ser humano, acho que ela falou a verdade quando disse que se sentia
culpada por ter matado Yoko.
-
Agora você vai acreditar nela?!...
- Não
diga isso, só não quero mais uma guerra de gerações.
Anoiteceu,
os dias se passaram...
Onde
poderia estar o Rubi da luz? Onde a guerreira de Scar Black poderia ter
escondido aquela pedra?
Tanto
Renne quanto Sezor estavam à procura da pedra. Lady Dark tinha uma imensa
saudade do passado e uma grande vontade de conhecer o seu planeta, já estava
cansada dessa violência excessiva e poluição. Ela já havia viajado pelo planeta
inteiro, oriente, África, América, Europa, Oceania, ilhas desertas; já foi uma
pirata, uma princesa, uma bruxa, vivenciou toda a evolução humana.
- E
agora. O que fazer? O Rubi da Luz pode estar escondido em qualquer canto do
mundo, desde as pirâmides do Egito, no fundo do mar, enterrado por ai, ou em
alguma construção antiga, ou ate guardado nas tralhas de alguém que pode tê-lo
achado por ai. – Sezor pensava em voz alta. – Vou ter que revirar o mundo,
alias, eu não faço idéia de como seja essa pedra, ela pode estar bem de baixo
do meu nariz e eu não a reconhecer. O que eu faço?
Lady
Dark entrou no quarto de Sezor:
- O
que foi?
- E
se diz esperta?!
- Por
que não seria? Qual é o seu problema?
- Que
duvida! É a maldita pedra.
- Não
se preocupe algo me diz que não precisaremos atravessar a Terra para
encontrá-la.
- Por
quê?
- Eu
sinto quando ela esta perto, todos os nativos de Scar Black sentem. Mas como o
Rubi da Luz esteve nesta cidadezinha o tempo todo e você também, nunca sentiu a
diferença.
-
Qual é a diferença?
-
Quem carrega o Rubi da Luz com si tem os seus poderes aumentados, se o Rubi da
Luz esta perto de todos, mas não esta junto a ninguém, todos sentíramos essa
força com aumento.
-
Então, o que estamos fazendo sentados aqui? Vamos logo pegar a pedra antes que
Renne a encontre.
-
Calma, Renne não pode nem chegar perto da pedra, ela é “alérgica” a rubi. E
outra, se você me der um pouco mais de tempo eu posso chegar à localização
exata da pedra, ou quase, eliminando assim, muito serviço.
-
Tudo bem!
Enquanto
isso, Renne vasculhava a mansão, chegou ao quarto de Mey, muito grande,
decorado com muito bom gosto, com vários toques de vermelho e cores metálicas,
uma cama de casal com toldo no meio do quarto, duas portas na parede atrás da
cama, uma seria do banheiro e outra do closet, um espelho cobria todo o teto,
uma grande janela fechada, uma parede com armas e uma entrada que dava no
escritório aonde eram guardados os livros de magia e cadernos de anotações, sua
iluminação era pouca, com lâmpadas em formato de tochas em volta de suas
paredes.
Renne
sentiu muita fraqueza ao se aproximar do criado mudo, onde estavam as jóias de
Mey, abriu a primeira gaveta, viu uma luz vermelha muito forte e desmaiou,
ficou deitada e inconsciente no tapete. Durante três dias.
Abriu
os olhos, piscou algumas vezes, botou uma mão na cabeça, alevanto-se com
dificuldade e sentou-se na cama, respirou fundo, precisava comer alguma coisa,
estava fraca.
Recuperou
suas forças, saiu da casa, viu a mesma destruição deprimente de sempre.
Renne
havia encontrado o Rubi da Luz que era um veneno para ela, mesmo assim, ela
queria ir para Scar Black, estava cansada da aparência daquela cidade.
Gritou:
-
Sezor! - Ele fingia que não ouvia. – Sezor, é importante.
Renne
se transportou ate o quarto de Sezor.
- Eu
sei que você esta bravo comigo, mas desta vez é importante.
- Eu
não tenho nada a falar com você! – ele se armou com uma espada.
- Nem
se eu te disser que encontrei o Rubi da Luz?!...
- E
já descobriu que não pode tocar nele.
- É,
desconfiava que você soubesse. Sabe por quê?
- O
por quê? Por que do que?
- De
tudo.
-
Sim, eu sei, quer que eu nos leve de volta, nós três.
- É,
quero, e com essas brigas, acho que não vai dar, esquece de tudo e me desculpa,
eu não queria ter matado a Yoko, eu sai de mim, foi necessário.
- Vou
tentar, mas não prometo nada.
-
Onde esta a pedra? – Lady Dark apareceu atrás de Sezor que guardava a espada.
- Na
gaveta do criado mudo de Mey Death.
- Mas
eu não entendo, se a Mey tinha o Rubi, por que ela não voltou para Scar Black
sozinha? – perguntou Sezor
- Por
que ela só tinha metade do Rubi. – começou Lady Dark.
-
Metade?! – exclamou Renne.
-
Minha mãe dividiu o Rubi da Luz em dois...
-
Agora vamos ter que procurar a outra metade da pedra?!... – Sezor assustou-se
com a idéia.
-
Repetindo... Minha mãe dividiu o Rubi em dois pedaços, deu um para mim e outro
para minha irmã, para voltar para Scar Black é preciso juntar as duas metades.
-
Então o que estamos esperando! – empolgou-se Sezor.
-
Tudo bem, vá pegar o Rubi da Luz.
Sezor
saiu correndo, Lady Dark desapareceu. Lady Dark reapareceu e Sezor voltou
correndo. Cada um com um pedaço de pedra, que juntos formavam uma esfera, as
duas metades brilhavam muito, Renne desmaiou novamente, Lady Dark pegou-a no
colo, chegou mais perto de Sezor e juntaram as duas metades, a luz aumentou e os
três desapareceram.
Estavam
em Scar Black, finalmente, na frente dos portões de um castelo enorme em cima
de uma montanha de difícil acesso.
Não
pensaram duas vezes e entraram, as portas fecharam-se logo atrás deles, Sezor
segurava Renne desmaiada nos braços, e Lady Dark, o Rubi da Luz nas mãos.
-
Surpresa!
-
Mey?!... – Sezor largou Renne.
Mey
Death acabara de aparecer na frente dos três.
Sezor
e Lady Dark armaram-se. Mey estava ainda mais linda, ficou imóvel. Sezor
avançou com a espada em punho, a espada atravessou Mey, mas foi como se Mey
fosse feita de ar, e era...
Não
havia acontecida nada.
- Não
vai adiantar! Sou um fantasma.
-
Como?! – assustou-se Lady Dark.
-
Esqueceu da pedra filosofal que foi dividida pela metade? Se você pode, eu
posso também.
- To
boiando. – Sezor tentava cortar o pescoço de Mey.
-
Nossa mãe tinha a mania de dividir tudo ao meio, como nós somos gêmeas. Metade
da pedra filosofal esta comigo e a outra metade com ela. A diferença é que a
minha metade tem platina, o que torna a minha imortalidade mais carnal do que a
da transparentinha ai. Pra matar uma de nós duas só destruindo a metade
correspondente ou acertar no local certo com o mineral certo. – explicou Lady
Dark.
- A
metade correspondente da pedra filosofal ou do Rubi da Luz? – confundiu-se
Sezor.
- A
pedra filosofal; o Rubi da Luz é uma pedra poderosa, o símbolo de Scar Black,
só matara quem tentar destruí-la, pois esta pedra é indestrutível. – respondeu
Mey. Podia se perceber que ela ainda tinha parte de seus poderes.
- O
que te deu? Ta com um olhar diferente, mais mansinho... – Lady Dark olhava para
Mey.
-
Mudei radicalmente, me arrependi, to boazinha...
-
Saiba que eu não acredito.
-
Mãe! – interrompeu Sezor – A Renne.
Em
pouco tempo guardaram o Rubi da Luz em uma sala-cofre do castelo e botaram
Renne em uma cama. Estava acontecendo uma guerra em Scar Black.
Renne
acordou logo. Estava cercada por Sezor, Lady Dark e Mey. Perguntou:
-
Onde eu estou? O que a Mey ta fazendo aqui?... – Renne recobrou a consciência e
sentou-se na cama, piscou -... Pera ai, MEY?! – gritou.
Renne
alevantou-se com um pulo, já pronta para se defender. Antes que ela pudesse
fazer alguma coisa Lady Dark foi à frente de Renne:
-
Calma,... Vamos explicar...
Renne
já estava mais calma, Lady Dark já havia explicado toda a história. Ouviram-se
batidas na porta, Mey disse:
-
Entre.
Uma
mulher que aparentava ser a empregada. Levava uma xícara de café em uma das
mãos, a qual entregou para Renne ao ver o sinal de Mey. Levava um bastão na mão
direita. Dirigiu-se a Mey:
-
Senhora, o general Alex deseja falar-lhe.
-
Diga-o que entre, sim Luiza. – respondeu Mey.
Luiza
saiu. Logo depois o general entrou:
- Boa
tarde a todos; as tropas inimigas recuaram, temo que voltem com armas mais
poderosas, acho que o exercito precisara de reforço para não perder esta
guerra.
- Já
temos bastante reforço, Alex. Minha irmã e meus sobrinhos voltaram, são muito
fortes e poderão ajudar, esta é Renne, este é Sezor e esta é minha irmã, a Lady
Dark. – Mey apresentou-os.
O
general cumprimentou-os.
-
Muito prazer. Com vocês aqui sinto que nossas chances de vitória aumentaram.
Com licença, eu preciso ir. – cumprimentou novamente e saiu fechando a porta.
- Ai,
ai, Sezor, eu vi que você ficou olhando para a empregada. – brincou Renne.
-
Luiza é mais que uma empregada. – disse Mey.
Lady
Dark interrompeu:
-
Explique-me os detalhes da guerra.
Mey
respondeu:
- Com
o General Zakaminy Lee no comando os exércitos avançaram mais adiante, matando
muitos homens de nosso exercito, muita coisa aconteceu desde que o tempo voltou
ao normal, Lee esta no topo do poder do inferno, como rei de seu império, um
imperador e general, Lee é o puro inferno.
-
Zakaminy?! – estranhou Renne.
- É
teu pai! – respondeu Lady Dark.
- O
que?!...
- Não
me culpe, eu era jovem e idiota, ele era lindo e conquistador, não resisti, era
muita tentação.
-
Continuando... – interrompeu Mey – Como deve ter ouvido o Alex falar, eles
recuaram e tememos que voltem com uma arma maior.
-
Como o que? – perguntou Sezor.
- O
exercito de hipogrifos, comandado pelos três dragões sábios que cuidam dos três
portões do inferno. Eles também podem voltar com armas mais poderosas e homens
recuperados e mais fortes. – respondeu Mey.
- A
quadra! – Sezor surpreendeu a todos.
- O
que? – perguntou Renne.
Sezor
começou a explicar:
- A
quadra é uma estratégia de guerra, complicada, porem infalível, a quadra ataca
por cima, pela direita, pela esquerda e pela frente, daí o nome.
Lady
Dark continuou:
-
Nossos seres voadores mitológicos podem ir pelo céu, o exercito real pela
frente e nossas escolas ninja e espadachim pelos lados. O Lee é meu.
- Com
todo o prazer maninha, acaba com ele. – Mey estava animada.
- Por
que se separou de Lee? – Renne dirigiu-se a Lady Dark.
- Por
que ele matou meu pai e meu avô também.
O silêncio
se fez.
......
Continua...
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