domingo, 22 de outubro de 2017

Em Memória

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Minha gente, saudades dói tanto...
Saudade deixa a casa vazia, mesmo cheia...

Ai, às vezes a gente se consola,
porque sentiu (ou imaginou)
uma presença boa e quente
atrás do ombro direito,
protegendo, cuidando...
Ótima ilusão...
No fundo quero que seja verdade.

Aos poucos a dor no coração vai diminuindo
Embora, no começo
acreditemos que isso seria impossível
E depois, uma certa culpa
De seguir em frente
E deixar para trás aqueles que precisaram
Seguir um caminho diferente
Um caminho não físico, por assim dizer,
seja ele qual for, espero que bom...

Que, de onde estiver, possa sentir o cheiro dos jasmins
Não chorarei mais, você merece belos sorrisos
Meu velho avozinho,
O senhor foi agora morar com os anjinhos...
Mas o vejo em cada pássaro voando...
O sinto na brisa batendo em dias quentes...
O vejo em cada raio de sol
que entra pela janela do meu quarto pela manha...

Saudades do Senhor!
Obrigada pelo tempo que esteve conosco...
Desculpe por tudo que não pude fazer ou dizer.


Em memória a meu avó: Francisco Basso.

(22/10/2017, 7º dia de seu falecimento)