domingo, 12 de maio de 2013

Scar Black 4

SE VOCÊ NÃO LEU A HISTÓRIA DO COMEÇO:
http://pelomundoparalelo.blogspot.com.br/2013/05/scar-black-3.html PARTE 3
http://pelomundoparalelo.blogspot.com.br/2013/05/httppelomundoparalelo.html PARTE 2
http://pelomundoparalelo.blogspot.com.br/2013/05/httppelomundoparalelo.html PARTE 1

... Continuação...


- Nós somos extraterrestres? – Brincou Sezor.
- Não!- Yoko respondeu e depois perguntou a Lady Dark- Nós somos a Família Real?! 
- Bom, pelo menos o que sobrou dela.
- De onde surgiram os seus poderes? Esses de animais? – Perguntou Renne.
- A guerreira, minha mãe, para que eu pudesse me aperfeiçoar e aprender muita coisa ainda, quando eu tinha cinco anos, ela me largou na mata, sozinha, o objetivo era o meu treinamento e sobrevivência, ela estava sempre na copa das arvores,observando, eu comecei a conviver com a natureza, principalmente com os animais, depois os meus poderes apareceram naturalmente.
- E o que aconteceu com a guerreira?- perguntou Yoko.
- Não sei!- Lady Dark respondeu.
- Isso tudo não aconteceu à bem mais que dois mil e quinhentos anos atrás?- perguntou Yoko.
-Sim!- respondeu Lady dark.
- Então como tu faz prata viva ate hoje?- Yoko completou sua pergunta.
- É a pedra filosofal, o elixir da vida e juventude eternas. - Lady Dark mudou de assunto - Mey, minha irmã gêmea sempre foi a rainha do disfarce. Nossa família nunca teve muito prestigio na sociedade. – Lady Dark lembrou-se da época de caça as bruxas - Mas como toda a família nos temos altos e baixos. Vocês têm uma tarde livre hoje, se eu fosse vocês dormiria, pois teremos uma aula noturna, desta noite ate amanhã ao meio dia.
- Só uma coisa, por que exatamente que Mey fez a Renne matar Gina?- perguntou Yoko.
- Porque ela não teve coragem de fazer ela mesma. – respondeu Lady Dark.
- Como assim?- Yoko não entendeu.
- Bom, vocês três sabem que Kid Kim Key era meu irmão, ele também era pai de Gina, mas ao mesmo tempo ele era tio de Gina por ser irmão de Mey. – respondeu ela.
- Isso quer dizer que Mey teve uma filha com o próprio irmão? – perguntou Renne.
- Isso mesmo. - respondeu Lady Dark.
- Cara! Isso é muito nojento. Muito nojento mesmo. – disse Sezor fazendo uma cara de nojo.
- Mas, porque isso? – perguntou Renne.
- Ela também custou a conseguir lembrar do passado, nós três, uma época lutamos entre nós mesmos, entre a luta corporal e a mental, por dias, o que acabou com todas as nossas forças, desmaiamos e nos esquecemos de tudo, mas cada um conseguiu se concentrar e relembrar, só o Kid Kim Key não fez isso e morreu sem saber de nada.
- E por que essa luta? – perguntou Sezor.
- Para proteger vocês três. Cada um tinha planos de acabar com a geração futura do outro, como eu fui a primeira a ter filhos, vocês foram as primeiras vitimas.
- Mais uma coisa, por que aquele punhal de ouro te afetou tanto? – perguntou Renne.
- Pelo simples fato de que todo o ser vivo, de uma dimensão ou de outra, tem seus venenos e suas fraquezas. Cada membro da família real é “alérgico” a algum mineral. – respondeu Lady Dark.
- Como é a nossa religião? – Yoko perguntou.
- É como aqui, cada um acredita em alguma coisa diferente, mas eu acredito que cada coisa que cada um acredita é verdade para aquela pessoa. Eu acredito no que eu acho que devo acreditar independente da religião, tanto desta dimensão ou da outra.
- Esse mundo, a Terra, sabe da existência da outra dimensão?- quis saber Sezor.
- Não, pois o tempo do nosso mundo parou antes dos homens das cavernas mais adiantados existirem aqui. – respondeu Lady Dark - Bom, vamos deixar o resto das explicações para a aula noturna.
Todos se alevantaram da mesa e cada um foi para o seu lado.
Sezor foi ao cemitério, com a espada em punho para treinar. Yoko foi para o seu quarto, meditar. Renne resolveu andar pela cidade, não tinha mais ninguém na cidade, depois das ultimas mortes misteriosas todos os habitantes fugiram de lá, com medo. Renne sentou-se no banco da praça e começou a chorar, de repente a igreja se explodiu fazendo um grande barulho, ela olhou para lá assustada, perguntou a si mesma:
- Mas o que?... – secou suas lagrimas.
- Foi só um sentimento expressando-se explosivamente, é, eu acho que esse é um dos seus poderes: explodir coisas. – Dizia Lady Dark aparecendo sentada do outro lado de Renne. – Mas por que o choro?
- Lady... Digo, mãe, o que são motivações? – perguntou Renne sem responder a pergunta da mãe.
- O dicionário descreve como o ato de motivar, de dar um motivo, é uma palavra simples, mas se a motivação for forte, o ato motivado se torna mais forte ainda.
- Por que todas as pessoas fugiram?
- Porque não tinham motivo para ficar, mas tinham um motivo para fugir, o medo de morrer.
- Como você faz para saber de tudo isso? Eu precioso de tantas respostas.
- Com o tempo elas virão. – e Lady Dark desapareceu.
Renne sentia-se melhor, aquela rápida conversa abriu sua mente, Renne sorriu,pegou uma maçã de um galho da arvore acima de sua cabeça, botou-a no banco, olhou concentrada para a maçã, ela explodiu. Lady Dark observava tudo da copa da mesma árvore, ficou surpresa. Renne também se surpreendeu, perguntou:
- E ai mãe, como eu fui?
- Renne, minha filha, não sabe o que te espera. – Lady Dark foi em borra, Renne continuou treinando.
Lady Dark deu uma olhada silenciosa no quarto de Yoko, ela meditava e levitava perfeitamente, assim como tudo ao seu redor, inclusive a porta e as dobradiças. Yoko tinha um estranho brilho vermelho em torno de si. “Bom, isso significa que ela tem o poder dos elementos da natureza, isso é uma ótima arma!” pensou Lady Dark e desapareceu.
Ela reapareceu no cemitério, a meio centímetro da navalha da espada de ouro de Sezor. Ele disse parando o movimento:
- É, vou ter que me acostumar com isso!
- Pois é, vai sim, e pelo que estou vendo, alem de cansados esta noite, vocês três vão estar muito empenhados em atingir o objetivo. – Lady Dark desapareceu, estava orgulhosa no fundo, pois hoje, seus filhos haviam alcançado um grau mais alto.
...Já de noite...
- Bom, é meia noite e eu duvido que vocês se dignaram a dormir um pouco.- Lady Dark começou o treinamento noturno, estavam na entrada da mata.
- Verdade. - respondeu Yoko.
Lady Dark continuou:
- Todos vocês tem poderes e reflexos incríveis, eu acho que vocês sabem que atacar e se defender de um inimigo no escuro é muito difícil, e, aliás, é isso que vocês vão fazer hoje. Sezor, você assalta o armário de doces da cozinha à noite sem ligar a luz, alguma explicação?
- Bom, visão noturna, eu acho. – respondeu ele.
- Isso, eu também tenho visão noturna, ou seja, os poderes podem passar de geração para geração, e também ser transferidos de um para o outro.
- Essa história “de geração para geração” eu entendi, mas, de um para o outro,... Como é isso? – perguntou Renne.
- Um bom exemplo é você, quando você matou a Gina, se desejasse naquela hora poderia sugar os poderes dela, o poder seria transferido com o triplo de força. Bom, vamos começar, é o seguinte, cada um de vocês vai atacar o outro, dentro daquela “floresta” – ela apontou para uma grande parte da cidade que só tinha mato- e vai me trazer do outro, este papel que vou dar, cada um é diferente do outro - disse Lady Dark distribuindo um papel dobrado e branco para cada um – não leiam o papel, eu vou saber se lerem. Mais uma coisa, esse mato ta cheio de armadilhas e vocês tem 6h para voltar, contando a partir de agora.
Os três saíram correndo para dentro do mato. Lady Dark pensou: “essa TV me da cada idéia”. Ela sentou-se no galho forte de uma das primeiras árvores da mata.
Enquanto isso na floresta... Sezor viu uma sombra, pulou e atacou, era um boneco de folhas, não percebeu que seu papel havia caído, ele disse a si mesmo:
- Uma armadilha de Lady Dark! – ficou afundado nas folhas. Yoko pulou pelas árvores, pegou o papel e saiu com extrema rapidez, sem que Sezor percebesse. Ele continuou deitado nas folhas, acabou dormindo.
No outro lado da floresta. Renne estava confiante, ou pelo menos fingia estar, estava muito assustada por dentro, tinha medo. Ela pisou em um galho que deu um estalo, saiu gritando e correndo, as pedras atrás dela iam se estourando uma a uma, Renne deu de cara com uma teia de arranha, tentava se livrar dela quando tropeçou em um toco de tronco de arvore e rolou morro a baixo, não parecia, mas a floresta era grande.
Ela parou em cima de uma pilha de folhas e de Sezor, Sezor a empurrou para o lado e sentou-se, perguntou:
- Como é que você veio parar aqui?
- Rolando, eu acho... - respondeu ela alevantando-se e se limpando. – E você, o que faz aqui?
- Cumprindo uma prova.
- Afundado nas folhas?!
- Confesso. Dormindo, eu acho! – ele se armou rapidamente – Passa o papelzinho! – Sezor apontava a espada para Renne, ela fez com que a espada se explodisse e se espalhasse em vários pedaçinhos, Sezor saiu correndo. Renne não se segurou e começou a dar risada.
Yoko voltou ao ponto de partida, saindo da floresta, Lady Dark levitava e meditava ali perto, ela falou de repente:
- Yoko, voltou tão rápido! Está com os três papeizinhos?
- Três?! Tu falo o papel do outro, não especificou sobre isso!...
- Leitura de mentes, zero. Agora volte para lá.
Yoko obedeceu, voltou desanimada para a floresta, encontrou-se com Sezor, ele gritava e corria em direção à saída, Sezor desviou para o lado para não bater em Yoko, deu de cara com uma arvore e desmaio.
Sezor acordou, estava em um banco da praçinha, o sol brilhava lá no alto do céu, ele estava cercado por Lady Dark, Renne e Yoko. Perguntou:
- Quanto tempo eu fiquei desmaiado? Por que eu desmaiei? Quem sou eu?
- Bom, digamos que já são quatro da tarde e tu desmaiou por que beijou uma arvore. – respondeu Yoko.
- Quatro da tarde?! – assustou-se Sezor – Quem ganhou a prova?
- Ninguém, Yoko só conseguiu dois papeis e eu perdi o meu, provavelmente enquanto corria. – respondeu Renne e dirigiu-se a Lady Dark – Mas afinal, o que significavam aqueles papeis?
- Nada, eram papeis em branco. Nesta prova os três falharam. - respondeu Lady Dark. - Daqui a meia hora vocês terão outra chance.
- Meia hora?! – espantou-se Renne.
Começou a chover, chovia muito, com pingos grossos e pesados.
Estavam os quatro em frente aos escombros da igreja, Lady Dark segurava uma caixa, disse:
- Acho que vocês não têm medo de se molhar. Sua tarefa de agora será associada com Dori, a galinha. – ela abriu a caixa – Vocês terão que pegá-la.
- Como assim? – Sezor não entendeu nada.
- Vocês terão que pegar uma galinha. – esclarece Lady Dark.
- Pegar uma galinha?! – Yoko não acreditava no que ouvia.
- É, uma galinha! – Lady Dark soltou a galinha, ninguém se mexia. – O que vocês três estão esperando?!
Quando eles resolveram se mexer Renne bateu de frente com Yoko, Sezor saiu correndo atrás da galinha, Lady Dark ficou sentada em cima de um galho de uma arvore, observando e dando risada.
Renne escorregou na lama e derrubou Sezor, Yoko tentou pular em cima da galinha e deu de cara na lama. Sezor alevantou-se e tentou correr, mas escorregou novamente e caiu em cima de Yoko e Renne.  A galinha foi parar em cima da cabeça de Renne, que tentou pegá-la e caiu do montinho, a galinha continuou o seu caminho, Sezor tentou acertá-la com um facão, errou, Renne acabou por fazer com que a galinha se explodisse, espalhando penas e sangue por todos os lados.
Lady dark pulou para o chão e disse:
- Eu estou indignada – Yoko cuspia penas – eu disse para capturá-la, não para acabar com a coitada! Vocês três não tem jeito mesmo, né?! – e ela desapareceu.
- Perseguir uma galinha! Ta, o que vai ser da próxima vez, um sapo, um porco, talvez uma vaca?! – reclamava Sezor.
Renne afastou-se levitando, Yoko deu um tapa na orelha de Sezor e desapareceu.
Sezor ficou sentado naquele banco frio, parou de chover, a noite chegou e ele adormeceu lá.
Lady Dark desapareceu durante o resto do dia, Renne tentava meditar, Yoko andou pela cidade o resto do dia e a noite teve um pesadelo em que pingava sangue do teto, ela não sabia identificar onde estava, mas era um lugar escuro, fechado, abafado, apertado, úmido, que lembrava um tumulo de cemitério.
Renne roncou a noite toda.
Sezor acordou, alguém acariciava seus cabelos, abriu os olhos de vagar, pensando que fosse um sonho, viu uma garota linda, materializada à sua frente. Ela perguntou carinhosamente:
- Oi! Você esta bem?

... Continua! 

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