Áreas e Funções do Cérebro...
O cérebro é a
parte mais desenvolvida do encéfalo, pesa aproximadamente 1,3 kg, apenas 2% do peso do
corpo, porém, apesar disto recebe cerca de 25% do sangue, que é bombeado pelo
coração. As células nervosas do cérebro são os neurônios.
Os lobos parietais, temporais e
occipitais estão envolvidos na produção das percepções resultantes das
informações obtidas por nossos órgãos sensoriais do que diz respeito à relação
do meio ambiente e
nosso corpo. O lobo frontal, por sua vez, por incluir o córtex motor, o córtex
pré-motor e o córtex pré-frontal, está envolvido no planejamento de ações e movimento,
assim como no pensamento abstrato.
O cérebro é dividido em hemisférios esquerdo
e direito, sendo o primeiro dominante em 98% dos humanos, já que é responsável
pelo pensamento lógico e competência comunicativa. Isso porque nele estão duas
áreas especializadas, a Área de
Broca, córtex responsável pela motricidade da fala; e a Área de Wernick, córtex responsável
pela compreensão verbal. Já o hemisfério direito é quem cuida do pensamento
simbólico e da criatividade.
Nos canhotos estas funções destinadas aos hemisférios estão trocadas.
A conexão entre os dois hemisférios é
feita pela fissura sagital ou inter-hemisférica, onde está localizado o corpo caloso. Essa estrutura faz uma
ponte para a troca de informações entre as muitas áreas do córtex cerebral.
Ambos os hemisférios possuem um córtex motor, que controla e coordena a
motricidade voluntária. O córtex motor do hemisfério direito controla o lado
esquerdo do corpo do indivíduo, enquanto que o do hemisfério esquerdo controla
o lado direito. Um trauma nesta área pode causar fraqueza muscular ou paralisia
no indivíduo.
A aprendizagem motora
e os movimentos de precisão são executados pelo córtex pré-motor, que fica mais
ativa do que o restante do cérebro quando se imagina um movimento sem
executá-lo. Lesões nesta área não chegam a comprometer a ponto do indivíduo
sofrer uma paralisia ou problemas para planejar ou agir, no entanto a
velocidade de movimentos automáticos, como a fala e os gestos, é perturbada.
Além dos hemisférios, de quem
dependem a inteligência e o raciocínio do indivíduo, o cérebro é formado por
mais dois componentes, o cerebelo e o tronco cerebral, sendo o primeiro o
coordenador geral da motricidade, da manutenção do equilíbrio e da postura
corporal.
No tronco cerebral encontram-se o
bulbo raquiano, o tálamo, o mesencéfalo e a ponte de Varólio. Ele conecta o
cérebro à medula espinal, além de controlar a atividade de diversas partes do
corpo através da coordenação e envio de informações ao encéfalo; enquanto que o
bulbo raquiano cuida da manutenção das funções involuntárias, como a
respiração, por exemplo.
O tálamo é o centro de retransmissão
dos impulsos elétricos, que vão e vem do córtex cerebral, ao passo que o
mesencéfalo recebe e coordena as informações que dizem respeito às contrações
dos músculos e à postura. Já a ponte de Varólio, constituída principalmente por
fibras nervosas mielinizadas, liga o córtex cerebral ao cerebelo.
Enquanto toda essa motricidade
acontece na área de Broca, na área de Wernicke, zona onde convergem os lobos
occipital, temporal e parietal, um papel muito importante na produção de
discurso é desempenhado. É nesta área que acontece a compreensão do que os
outros dizem e que dá ao indivíduo a possibilidade de organizar as palavras
sintaticamente corretas.
As doenças cerebrais compreendem um grande problema de saúde da sociedade
moderna, em consequência do crescente número de pessoas acometidas de forma
direta ou indireta, e também, devido à inexistência de cura para estas
patologias.
Alguns pesquisadores consideram que a tendência
dessas doenças é aumentar, em decorrência do aumento da expectativa de
vida da população, resultando em uma maior prevalência de doenças do cérebro, desde
neurodegenerativas, como Alzheimer, Parkinson, Huntington e esclerose múltipla
aos acidentes vasculares cerebrais (AVC), neoplasias, epilepsia, ou disfunções
psiquiátricas diversas, bem como outras diretamente ligadas ao envelhecimento,
de origem genética ou traumática.
As principais doenças do cérebro estão
listadas abaixo:
Defini-se Alzheimer como uma doença
neurodegenerativa, caracterizada por uma súbita perda das faculdades mentais.
Esta é considera a primeira causa de demência senil.
Inicialmente, a perda de memória gera um
desconforto. No entanto, numa fase mais adiantada deixa de ser um problema,
pois o doente perda a capacidade de auto-crítica.
Esta também é uma doença neurodegenerativa, crônica
e progressiva, que normalmente afeta pessoas com idade avançada. É decorrente
da perda de neurônios do sistema nervoso central (SNC) em uma área específica
do cérebro, levando à redução de dopamina, com conseqüente alteração dos
movimentos não voluntários.
Esta doença, também conhecida como mal de
Huntington ou coréia de Huntington, é uma enfermidade neurodegenerativa
hereditária, rara, que acomete de 3 a 7 indivíduos a cada 100.000 habitantes.
Clinicamente, caracteriza-se por movimentos,
bruscos, rápidos e involuntários dos braços, pernas e face.
Esta também é classificada como uma
doença neurodegenerativa, que se caracteriza por placas disseminadas de
dismielinização em todo o SNC, levando a um quadro neurológico variado, certas
vezes com remissão, e outras com exacerbação das manifestações clínicas.
Costuma aparecer entre os 25 a 30 anos de idade,
sendo mais comum em mulheres. Dentre os sintomas, podem estar presentes:
sensibilidade, fraqueza muscular, perda da capacidade de locomoção, distúrbios
emocionais, incontinência urinária, queda de pressão, intensa sudorese,
diplopia (quando há acometimento do nervo óptico), entre outros.
Popularmente conhecido como derrame cerebral, é um
problema neurológico decorrente de uma obstrução (isquemia) ou rompimento dos
vasos sanguíneos cerebrais (hemorragia).
Inicia-se abruptamente, sendo que o paciente pode
apresentar dificuldade de movimentação dos membros de um mesmo lado do corpo,
dificuldade na fala ou articulação das palavras e déficit visual súbito de uma
parte do campo visual. Também pode evoluir com coma e outros sinais.
É definida como uma alteração na atividade elétrica
do cérebro, temporária e reversível.
Na verdade, a epilepsia não se trata de uma doença,
e sim de um sintoma que pode aparecer em diferentes formas clínicas, podendo
levar a manifestações motoras, sensitivas, sensoriais, psíquicas ou
neurodegenerativas. Tem como etiologia fatores que podem lesar os neurônios ou
a forma de comunicação entre eles, como: traumatismos cranianos, resultantes de
cicatrizes cerebrais; traumatismo de parto; algumas drogas e substâncias
tóxicas; interrupção do fluxo sanguíneo para o cérebro decorrente de um AVC ou
problemas cardiovasculares; doenças infecciosas ou tumores.
(Peço desculpas pela letra horrível, mas acredito que com um pouco de esforço dah pra entender... Estes organogramas abaixo são realmente muito antigos... )
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