Se você não leu desde o inicio da
história, olha os link's aki:
Parte
1
Parte
2
Parte
3
Parte
4
Parte
5
Parte
6
Parte
7
Parte
8
Parte
9
Parte
10
...
Continuação...
...
- Quanto tempo desde o inicio de toda esta história,
quantas mortes, quantas lembranças, Renne, você ainda tem um futuro, você
precisa seguir em frente, não faça isso com você, você é a rainha de Scar
Black! – Sezor olhou para os olhos da irmã, ela olhava para o vazio, Sezor
alevantou-se e saiu.
Renne decidiu que a partir deste dia faria anotações,
descreveria seus sentimentos e a sua história em uma espécie de agenda, um
diário. Pegou um caderno, escreveu dados pessoais, segredos, fez desenhos, como
uma adolescente.
Lembrou-se do inicio de toda essa história e escreveu:
“Qual
será motivo de tantas traições.
Este mundo esta repleto de ilusões.
Por que o medo de morrer é mais forte
que todas as motivações.
Na verdade, não esquece da família
unida que nunca existiu.
Descobrindo um passado, um presente, um
futuro...
Se espelhando em quem nunca desistiu.
É o momento de começar esta luta que
demora a acabar.
Às vezes parece que essa vida nunca vai
terminar, mas é curta e a chance é pouca para vencer uma guerra de gerações.
Estando de frente pro mal
Encarando o suicídio total
Numa cidade pequena
È difícil pensar.
Não vamos fugir, correr ou escapar.
Vamos Ganhar.”
Continuou
lembrando e escrevendo vários outros
versos como:
“Quando
se usa a paixão como arma
Quando o treino pesado não é capaz de
fazer ganhar
Quando a história da família parece
piada
Quando o vilão é capaz de enganar
A morte ronda e todos a temem
Mas não fogem, ficam para lutar.
Cada qual é mais forte que o outro
Cada um não sabe o poder que tem
Com a morte ate parece o fim
Tem mais, não se enganem, é sempre
assim.”
“A loucura ataca
E causa destruição
O mundo de uma pessoa
Não passa de uma prisão
E o ciúme
O desinteresse do mundo
Não existe nada a fazer
Finalmente o que pensa
Terá coragem de dizer.”
“Quanto tempo vamos esperar
Até recomeçar
A busca por uma pedra preciosa
Mais valiosa que a própria vida
Riscos vamos correr
Fazer de tudo para sobreviver.”
Renne passava a tarde
inteira assim.
Chegou
o Fim
Está escrito, por qualquer religião que
seja que o mundo vai acabar por fogo e por água.
Está chegando a hora de o mundo acabar
e até hoje ninguém descobriu muitos dos vários segredos e mistérios deste
mundo.
Estas mudanças de clima muito
repentinas me deixam doente com uma facilidade enorme.
O mundo, os quatro elementos se
cansaram da imbecilidade dos homens, que não sabem cuidar de seus mais
preciosos bens.
E cá estou eu, hoje está muito frio,
ontem estava calor, estou doente.
A neblina da manhã cobre a minha visão
e uma chuva fina mas continua, me molha.
A cada dia vejo nos noticiários, novas
tragédias.
O Japão, que era uma ilha, o mar cobriu
todo; o frio da Rússia e do Canadá se tornara tão intenso que não tem mais
condições de um ser humano viver lá, estes países se tornaram imensos cubos de
gelo. Enquanto a África foi incendiada e está em cinzas. Terremotos nos EUA; o
RS, o Uruguai e metade da Argentina também viraram um cubo de gelo.
Os oceanos estão congelando e coisas
estranhas estão acontecendo por todo o planeta terra.
De repente a chuva fina que caia sobre
mim, se transformou em uma chuva de granizo, eu procuro algum lugar para me
abrigar, mas não existe mais nada, não existe mais ninguém, todos os seres
vivos deste planeta Terra,... Morreram.
Este é o fim do mundo.
O planeta Terra se tornou uma bola de
gelo no espaço.
E eu, estou sozinha, sou a única
sobrevivente, mas, em breve, não serei mais, assim como os outros.
Renne cantava, agia, falava e se vestia como
uma adolescente parecia que queria recuperar isto em sua vida. Renne pensava
como uma adolescente.
Estava cada vez mais
criativa e mais louca, era adolescente de novo, aquela mulher de 38 anos de
idade, mas que aparentava 20, havia voltado aos 13 anos.
Escrevia coisas sem
sentido como:
“Meu olho arde, com uma vontade louca
de chorar, mas lagrimas, não, isso não sai, minha consciência manda que eu faça
uma coisa, minha cabeça me manda fazer outra, no fim, acabo fazendo o contrario
do que falei.”
“Meus pensamentos se confundem em minha
cabeça, meus sentimentos, vidas, sensações, movimentos, o meu eu, não sei mais
quem sou e a minha cabeça faz uma mistura de que eu queria ser, minha mente se
transforma em uma confusão, sem limites, sem identidade, com um passado
inventado, solto na minha cabeça, me fazendo lembrar de coisas que nunca
aconteceram, me fazendo viver num mundo de pura encanação e ilusão total.”
Renne escrevia lindos poemas e fazia desenhos
maravilhosos, mas vivia trancada em seu quarto, Sezor e Luiza tiveram que tomar
conta do reino, agora eram rei e rainha, e Renne era a adolescente mais
irresponsável e descolada de toda Scar Black.
Seu quarto foi se transformando, rosa, bagunçado,
cheio de coisas, escrevia mal de quem não gostava, apaixonava-se por qualquer
garoto que a agradasse.
Aos poucos Renne foi enlouquecendo, gritava sem
motivo, chorava desesperada pelos cantos, dava risada por nada, mudava
repentinamente de humor.
Sua loucura era mais fraca que a de Yoko, porem,
estava sendo extremamente nociva para a mente de Renne.
Era meia noite. Renne dirigiu-se, em silencio, pelo
corredor escuro onde estava guardado o Rubi da Luz. Renne estava linda, usava
uma lingerie que a fazia se lembrar do que passou com Lee e usava uma sandália
de salto alto, cabelo solto, muito bem arrumado, maquiagem perfeita. Disse a si
mesma:
- Todos superarão a minha morte como já superaram
tantas outras. A vida não vale mais a pena, se é para morrer, vou morrer assim,
gostosinha! – deu uma pequena risada para si mesma.
Abriu a porta, entrou e fechou-a. já se sentia meio
enfraquecida, o Rubi da Luz, aquela pedra vermelha, grande, bonita,
encontrava-se no meio da sala, Renne foi vagarosamente até a pedra, pegou-a e
cravou em seu peito dando um forte grito que acordou o castelo inteiro e seus
arredores.
Renne estava morta, a vida do povo daquele planeta
voltou a ser a mais normal possível, Sezor assumiu oficialmente o trono, essa
história finalmente chegou ao fim...
... O fim do começo.
...
Não! Ainda não acabou...
Continua...
...
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