sábado, 18 de maio de 2013

Scar Black 10



Se você não leu desde o inicio da história, olha os link's aki:

Parte 1
Parte 2
 Parte 3
Parte 4
Parte 5
Parte 6
Parte 7
Parte 8
Parte 9


Continuação...

...


Um dia se passou.
Os castelos e os templos de Scar Black eram lindos, grandes, majestosos, dignos de um rei.
Mey, Lady Dark, Renne e Sezor tomavam o café da manhã que Luiza servia. O General Alex entrou, cumprimentou:
- Bom dia!
- Sente-se – disse Mey.
Uma cadeira ao lado de Renne moveu-se e ele sentou-se fazendo uma leve reverencia a garota. Ele disse:
- O exercito inimigo atacará esta noite pelo sul, é melhor que nos preparemos.
Naquela mesma noite os exércitos avançavam. Lee, homem alto, de aparência como de um vampiro com uma longa capa estava montado em um cavalo negro, um vento forte batia, sua capa e a longa crina do cavalo faziam voltas seguindo o vento, ele estava à frente de seu exercito.
Lady Dark ia à frente de seus exércitos. Os dois avistaram-se, chegando mais perto ainda sem ordens de ataque, atrás de Lady Dark vinham Mey, o General Alex, Renne, Sezor e Luiza, logo atrás os guerreiros.
Sezor virou para Renne com tom de deboche:
- Quem é aquele? O Zorro ou o Conde Dracula?
Renne não respondeu, olhou para os olhos de Lee, que olhou para ela e depois para Sezor, falou a Lady Dark:
- Que foi? Ta esperando que eu mande o meu exercito atacar?
- Não é isso, Lee, eu quero uma luta, só eu e você, aqui e agora, ate a morte, desce logo desse cavalo e vem. – respondeu Lady Dark agressiva, caminhando dois passos para frente e parando em posição de ataque.
Lee deu um giro no ar caindo em posição de defesa, bem próximo a Lady Dark. O olho de Lee estava vermelho como o fogo e brilhava como a chama.
Eles começaram a lutar.
Lee bloqueava todos os socos e chutes de Lady Dark, ele disse:
- Renata Death Dark, você continua sendo a mesma criança fraca de sempre.
- Cale a boca! – ela ficou brava.
Lady Dark deu um chute com toda a sua força no meio das pernas de Lee, ele fez uma cara feia, mas aguentou, ele aproveitou e lhe acertou três socos em seqüência na cara. Um espírito animal tomou conta de Lady Dark, ela pulou em cima de Lee com tamanha força e agilidade que ele não conseguia se livrar, ela rasgou a roupa e a pele dele com suas garras de felina, ele tentava se libertar.
Renne tentou avançar, mas Mey a segurou. Sezor perguntou:
- Renata,... O que? Essa eu não entendi.
Mey respondeu:
- É o nome dela, Lady Dark é só apelido.
Lee finalmente havia conseguido se libertar, empurrando Lady Dark pulou em cima dela:
- Você nunca vai entender que a vida não depende desta pedra, ela nunca vai te defender de tudo. – disse Lee sarcástico.
- A pedra é o meu coração. – rebateu ela.
- My Lady, Renata, já não acha que viveu muito tempo? Cinco mil anos é de mais, ate para você. – Lee fincou a mão com toda a força no peito de Lady Dark, furou sua pele e arrancou seu coração pulsante e brilhante, tinha um pedaço de pedra vermelha em um lado dele – Tchau, meu amor!  - Lee apertou o coração e a pedra com a mão até destruí-los.
O ar ficou pesado e quente por um momento, o cheiro do perfume de Lady Dark se espalhava pelo ar. Não havia mais duvida, ela estava morta.
Escorreu uma lágrima no rosto de Renne, ela deu um pulo no ar e soltou uma carga de energia em Lee que o fez desmaiar. O General Alex ordenou:
- Atacar!
E começou a batalha. Foi amanhecendo. O exercito de Lee começou a se entregar aos poucos, a maioria dos homens do exercito do inferno estavam mortos, ninguém sabia se Lee estava morto ou não.
Os três dragões sábios estavam mortos, os hipogrifos que não morreram estavam muito machucados, não conseguiam mais voar.
Já era meio dia, quase não restavam homens, e os que restavam estavam muito machucados ou cansados. O exercito de Lee, ou o que sobrou dele, se rendeu.
Todos estavam voltando para casa.
- Acabou? – duvidou Renne.
- Talvez sim, talvez não. Não sabemos se Lee esta vivo ou morto. – respondeu Mey.
Sezor não conseguia mais se segurar, soltou um grito forte e alto, se jogou de joelhos no chão e começou a chorar. Luiza se aproximou, ajoelhou-se apoiando o bastão no chão:
- A vida me ensinou que toda a vez que cairmos devemos nos alevantar e continuar caminhando. – Ela se alevantou com auxilio do bastão e continuou andando.
Sezor alevantou-se, secou as lágrimas e correu para alcançar Luiza, chamou bem perto de seu ouvido:
- Luiza – ela se virou – obrigado. – e deu um beijo na boca da menina.
Ele já se afastava, ela o pegou pelo braço:
- Volta aqui! – puxou-o e deu-lhe um beijo longo, com sentimento. – Pronto, agora pode ir.
- Uau, gostei disso! Não vo não. – Sezor botou a mão envolta da cintura de Luiza. Continuaram caminhando.
Renne viu toda a cena:
- Será que ele já se esqueceu de tudo?
Mey respondeu:
- Renne, minha querida, você ainda é uma criança que não sabe o que significa a palavra amor e o poder que tem este sentimento quando verdadeiro.
- Mey, nossa historia é longa e confusa, ate ontem nós estávamos brigando verbalmente naquela cidadezinha da Terra e agora estamos aqui, em uma situação pós guerra.
...
Passaram-se alguns dias, estava tudo normal. Sezor descobria o maior amor de sua vida. Renne passava a maior parte do tempo meditando.
Renne caminhava dentro de um velho templo abandonado, seu lugar preferido em todo o planeta de Scar Black.
Depois da morte de Lady Dark, Mey ocupava um espaço muito grande como amiga e conselheira de Renne, mas a garota ainda não confiava muito em Mey.
Renne pensava, refletia, lembrava de vários momentos, ouviu alguns passos leves, virou-se para trás e viu um jovem lindo, de sorriso encantador e olhos marcantes vindo em sua direção, ela esperou que ele chegasse mais perto e perguntou desconfiada:
- Quem é você?
- Diego. E você? – sua voz era rouca, tinha charme.
- Renne Zakaminy.
- A legal, uma princesa. Eu tenho que ir, me encontre aqui amanhã. Tchau!
Ele se virou e saiu.
- Tchau! – ela pensou: “a que horas”.
Estes encontros foram se tornando diários, agora Renne sabia o que significava amor, ela estava verdadeiramente apaixonada por Diego. Os simples beijos foram aumentando, a relação foi evoluindo. Fazia tão pouco tempo que se conheciam e Renne já havia se entregado por completo. Assim passou algum tempo. Renne desmaiou ao descobrir que estava grávida.
Renne estava muito abalada, trancou-se no templo, não comia, nada fazia a não ser chorar, Diego havia desaparecido. Já fazia algum tempo que Renne estava trancada no templo, dias, talvez um mês, chovia lá fora, ela não havia se cuidado, já estava de três meses, não estava contente, não aceitava esta criança.
A chuva aumentou, Renne não passava bem, estava fraca, sentiu o sangue escorrer por sua perna, Renne desmaiou e logo se formou uma poça de sangue ao seu redor, ela havia perdido a criança.
Renne acordou, não tinha noção do tempo que havia passado nem onde estava, só sabia que estava seca, limpa e vestida. Estava deitada em uma cama de casal, uma musica leve tocava, o cheiro do ambiente era bom, a luz estava fraca, alguém se aproximava, um homem.
- Diego? – a voz de Renne estava muito fraca, o homem chegou mais perto, Renne se assustou. – Lee?
- Diego e Lee são a mesma pessoa, você puxou a sua mãe, é boa de cama e boba quando apaixonada. – sussurrou ele bem próximo ao ouvido dela.
Renne tentava se alevantar para fugir, o maximo que conseguia era se virar na cama, a garota estava muito fraca. Lee violentou-a, a manteve presa e fraca durante muito tempo.
Lee deu um copo de água na boca dela, ela tomou, pois estava com a boca seca e com muita sede, falou:
- Como vou saber que aqui não tem veneno.
- Não, veneno não, só uma droga para você ficar mais fraca.
- Porque sabe que não ia conseguir me obrigar a nada sem isso.
Renne não sabia como se livrar, vários dias passaram-se assim... Muitos meses se passaram assim.
Lee entrou no quarto, levava a droga que de um tempo para cá vinha em comprimidos, aproveitou que Lee foi ao banheiro e cuspiu longe, aos poucos foi se sentindo mais forte. Lee voltou, tiveram uma ultima relação; Renne já estava mais forte.
Com tamanha rapidez Renne deu um golpe de energia em Lee que fez a cabeça ir para um lado e o corpo para o outro.
Renne não se apressou, foi tomar um banho, botou uma roupa e um calçado, prendeu o cabelo.
Renne se sentia mais forte, havia roubado os poderes de Lee.
Era noite, descobriu que estava a seis meses em uma casa julgada como abandonada próxima ao templo, e que sua família havia a procurado por todos os lugares chegando a pensar que estivesse morta, Renne voltou para o castelo. Lee a mantivera linda como nunca, tudo para ele, que agora estava morto.
Renne entrou no castelo, estava há quase um ano desaparecida. Foi ate o seu quarto trocar de roupa, esperaria amanhecer para dizer oi.
Amanheceu, Renne havia trocado de roupa, ouviu um choro de criança, longe, mas dentro do castelo. A porta de seu quarto se abriu, Mey entrou:
- Vi você chegando esta noite. Onde você esteve?
- Onde eu estive não importa, o que importa mesmo é que Lee esta morto. Agora, me conta tudo que aconteceu em quanto eu estive fora.
- Sezor e Luiza se casaram, o filho deles, o pequeno Pedro tem apenas uma semana de vida.
Renne abriu um leve sorriso, finalmente uma felicidade em sua vida.
Renne não se sentia bem para contar suas experiências, prometeu nunca mais entrar naquele templo.
Luiza estava ainda mais bonita, segurava Pedro nos braços. Sezor vinha logo atrás, Renne apareceu na porta de seu quarto, o casal estava no corredor, Luiza se assustou, Sezor deu um forte abraço em sua irmã, Renne chegou perto de Luiza:
- Posso segurar ele?
- Claro que sim.
Renne pegou o pequeno nos braços, segurou uma lágrima ao lembrar do filho que perdeu.
- Ele ainda não conhece as maldades do mundo. – Renne devolveu o bebê a Luiza – Com licença, eu vou caminhar um pouco.
Renne sentou-se em baixo de uma árvore de cerejeiras e começou a chorar. Alex chegou perto de Renne, sentou-se ao lado da garota:
- Por que o choro?
- Eu não agüento mais guardar isto, eu preciso de alguém para desabafar. Pode ser você?
- Sim, sim, conte, desabafe menina, prometo que guardarei segredo.
Renne chorava, contou tudo o que passou, o que sentiu, os detalhes, Alex só ouvia, ela acabou de contar, se jogou em um abraço para cima do general. Ele acariciou o cabelo dela:
- Eu sei que não é a melhor hora para isso, mas...
Alex deu um selinho em Renne.
Alex alevantou-se e saiu, Renne foi andando vagarosamente ao redor do castelo, encontrou uma menina de cinco ou seis anos brincando. A criança se assustou e agarrou-se a um pano vermelho que levava.
Aquela criança, agarrada a aquele pano vermelho, lembrava muito a figura de Yoko quando pequena, principalmente seus olhos, eram idênticos. Olhou para Renne com uma expressão assustada no rosto que se transformou repentinamente em uma expressão de raiva e ódio, que lembrou a Renne sua irmã louca.
Renne continuou andando, entrou no castelo, Mey estava próxima a porta, usava uma longa capa e estava rodeada de malas:
- Renne, eu só estava esperando por você!
- Por quê? Vai viajar?
- Vou, vou conhecer o universo. Agora é com você para tocar este planeta. Tchau!
- Tchau.
Abraçaram-se, Mey pegou suas malas e saiu.
Um dia se passou.
Renne foi acordada por Sezor:
- Parabéns maninha!
- Que, há, o que...? – Renne abriu os olhos, sentou-se na cama, deu um longo bocejo. – A, é você! Do que esta falando? 
- Luiza me contou que você é a nova rainha de Scar Black, isso sem contar a enorme placa no meio do povoado.
- Não sei não, eu não me sinto confiante para esta missão.
- Vamos Renne, pense...
- Ai, Sezor.
- Quanto tempo desde o inicio de toda esta história, quantas mortes, quantas lembranças, Renne, você ainda tem um futuro, você precisa seguir em frente, não faça isso com você, você é a rainha de Scar Black! – Sezor olhou para os olhos da irmã, ela olhava para o vazio, Sezor alevantou-se e saiu.

... Continua... 

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