Se você não leu desde o inicio da
história, olha os link's aki:
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4
Parte 5
Parte 6
Parte 7
Parte 8
Parte 9
Continuação...
...
Um dia se
passou.
Os castelos e os
templos de Scar Black eram lindos, grandes, majestosos, dignos de um rei.
Mey, Lady Dark,
Renne e Sezor tomavam o café da manhã que Luiza servia. O General Alex entrou,
cumprimentou:
- Bom dia!
- Sente-se –
disse Mey.
Uma cadeira ao
lado de Renne moveu-se e ele sentou-se fazendo uma leve reverencia a garota.
Ele disse:
- O exercito
inimigo atacará esta noite pelo sul, é melhor que nos preparemos.
Naquela mesma
noite os exércitos avançavam. Lee, homem alto, de aparência como de um vampiro
com uma longa capa estava montado em um cavalo negro, um vento forte batia, sua
capa e a longa crina do cavalo faziam voltas seguindo o vento, ele estava à
frente de seu exercito.
Lady Dark ia à
frente de seus exércitos. Os dois avistaram-se, chegando mais perto ainda sem
ordens de ataque, atrás de Lady Dark vinham Mey, o General Alex, Renne, Sezor e
Luiza, logo atrás os guerreiros.
Sezor virou para
Renne com tom de deboche:
- Quem é aquele?
O Zorro ou o Conde Dracula?
Renne não respondeu,
olhou para os olhos de Lee, que olhou para ela e depois para Sezor, falou a
Lady Dark:
- Que foi? Ta
esperando que eu mande o meu exercito atacar?
- Não é isso,
Lee, eu quero uma luta, só eu e você, aqui e agora, ate a morte, desce logo
desse cavalo e vem. – respondeu Lady Dark agressiva, caminhando dois passos
para frente e parando em posição de ataque.
Lee deu um giro
no ar caindo em posição de defesa, bem próximo a Lady Dark. O olho de Lee
estava vermelho como o fogo e brilhava como a chama.
Eles começaram a
lutar.
Lee bloqueava
todos os socos e chutes de Lady Dark, ele disse:
- Renata Death
Dark, você continua sendo a mesma criança fraca de sempre.
- Cale a boca! –
ela ficou brava.
Lady Dark deu um
chute com toda a sua força no meio das pernas de Lee, ele fez uma cara feia,
mas aguentou, ele aproveitou e lhe acertou três socos em seqüência na cara. Um
espírito animal tomou conta de Lady Dark, ela pulou em cima de Lee com tamanha
força e agilidade que ele não conseguia se livrar, ela rasgou a roupa e a pele
dele com suas garras de felina, ele tentava se libertar.
Renne tentou
avançar, mas Mey a segurou. Sezor perguntou:
- Renata,... O
que? Essa eu não entendi.
Mey respondeu:
- É o nome dela,
Lady Dark é só apelido.
Lee finalmente
havia conseguido se libertar, empurrando Lady Dark pulou em cima dela:
- Você nunca vai
entender que a vida não depende desta pedra, ela nunca vai te defender de tudo.
– disse Lee sarcástico.
- A pedra é o
meu coração. – rebateu ela.
- My Lady,
Renata, já não acha que viveu muito tempo? Cinco mil anos é de mais, ate para
você. – Lee fincou a mão com toda a força no peito de Lady Dark, furou sua pele
e arrancou seu coração pulsante e brilhante, tinha um pedaço de pedra vermelha
em um lado dele – Tchau, meu amor! - Lee
apertou o coração e a pedra com a mão até destruí-los.
O ar ficou
pesado e quente por um momento, o cheiro do perfume de Lady Dark se espalhava
pelo ar. Não havia mais duvida, ela estava morta.
Escorreu uma
lágrima no rosto de Renne, ela deu um pulo no ar e soltou uma carga de energia
em Lee que o fez desmaiar. O General Alex ordenou:
- Atacar!
E começou a
batalha. Foi amanhecendo. O exercito de Lee começou a se entregar aos poucos, a
maioria dos homens do exercito do inferno estavam mortos, ninguém sabia se Lee
estava morto ou não.
Os três dragões
sábios estavam mortos, os hipogrifos que não morreram estavam muito machucados,
não conseguiam mais voar.
Já era meio dia,
quase não restavam homens, e os que restavam estavam muito machucados ou
cansados. O exercito de Lee, ou o que sobrou dele, se rendeu.
Todos estavam
voltando para casa.
- Acabou? –
duvidou Renne.
- Talvez sim,
talvez não. Não sabemos se Lee esta vivo ou morto. – respondeu Mey.
Sezor não
conseguia mais se segurar, soltou um grito forte e alto, se jogou de joelhos no
chão e começou a chorar. Luiza se aproximou, ajoelhou-se apoiando o bastão no
chão:
- A vida me
ensinou que toda a vez que cairmos devemos nos alevantar e continuar
caminhando. – Ela se alevantou com auxilio do bastão e continuou andando.
Sezor
alevantou-se, secou as lágrimas e correu para alcançar Luiza, chamou bem perto
de seu ouvido:
- Luiza – ela se
virou – obrigado. – e deu um beijo na boca da menina.
Ele já se
afastava, ela o pegou pelo braço:
- Volta aqui! –
puxou-o e deu-lhe um beijo longo, com sentimento. – Pronto, agora pode ir.
- Uau, gostei
disso! Não vo não. – Sezor botou a mão envolta da cintura de Luiza. Continuaram
caminhando.
Renne viu toda a
cena:
- Será que ele
já se esqueceu de tudo?
Mey respondeu:
- Renne, minha
querida, você ainda é uma criança que não sabe o que significa a palavra amor e
o poder que tem este sentimento quando verdadeiro.
- Mey, nossa
historia é longa e confusa, ate ontem nós estávamos brigando verbalmente
naquela cidadezinha da Terra e agora estamos aqui, em uma situação pós guerra.
...
Passaram-se
alguns dias, estava tudo normal. Sezor descobria o maior amor de sua vida.
Renne passava a maior parte do tempo meditando.
Renne caminhava
dentro de um velho templo abandonado, seu lugar preferido em todo o planeta de
Scar Black.
Depois da morte
de Lady Dark, Mey ocupava um espaço muito grande como amiga e conselheira de
Renne, mas a garota ainda não confiava muito em Mey.
Renne pensava,
refletia, lembrava de vários momentos, ouviu alguns passos leves, virou-se para
trás e viu um jovem lindo, de sorriso encantador e olhos marcantes vindo em sua
direção, ela esperou que ele chegasse mais perto e perguntou desconfiada:
- Quem é você?
- Diego. E você?
– sua voz era rouca, tinha charme.
- Renne
Zakaminy.
- A legal, uma
princesa. Eu tenho que ir, me encontre aqui amanhã. Tchau!
Ele se virou e
saiu.
- Tchau! – ela
pensou: “a que horas”.
Estes encontros
foram se tornando diários, agora Renne sabia o que significava amor, ela estava
verdadeiramente apaixonada por Diego. Os simples beijos foram aumentando, a
relação foi evoluindo. Fazia tão pouco tempo que se conheciam e Renne já havia
se entregado por completo. Assim passou algum tempo. Renne desmaiou ao
descobrir que estava grávida.
Renne estava
muito abalada, trancou-se no templo, não comia, nada fazia a não ser chorar,
Diego havia desaparecido. Já fazia algum tempo que Renne estava trancada no
templo, dias, talvez um mês, chovia lá fora, ela não havia se cuidado, já
estava de três meses, não estava contente, não aceitava esta criança.
A chuva
aumentou, Renne não passava bem, estava fraca, sentiu o sangue escorrer por sua
perna, Renne desmaiou e logo se formou uma poça de sangue ao seu redor, ela
havia perdido a criança.
Renne acordou, não
tinha noção do tempo que havia passado nem onde estava, só sabia que estava
seca, limpa e vestida. Estava deitada em uma cama de casal, uma musica leve
tocava, o cheiro do ambiente era bom, a luz estava fraca, alguém se aproximava,
um homem.
- Diego? – a voz
de Renne estava muito fraca, o homem chegou mais perto, Renne se assustou. –
Lee?
- Diego e Lee
são a mesma pessoa, você puxou a sua mãe, é boa de cama e boba quando
apaixonada. – sussurrou ele bem próximo ao ouvido dela.
Renne tentava se
alevantar para fugir, o maximo que conseguia era se virar na cama, a garota
estava muito fraca. Lee violentou-a, a manteve presa e fraca durante muito
tempo.
Lee deu um copo
de água na boca dela, ela tomou, pois estava com a boca seca e com muita sede,
falou:
- Como vou saber
que aqui não tem veneno.
- Não, veneno
não, só uma droga para você ficar mais fraca.
- Porque sabe
que não ia conseguir me obrigar a nada sem isso.
Renne não sabia
como se livrar, vários dias passaram-se assim... Muitos meses se passaram
assim.
Lee entrou no
quarto, levava a droga que de um tempo para cá vinha em comprimidos, aproveitou
que Lee foi ao banheiro e cuspiu longe, aos poucos foi se sentindo mais forte.
Lee voltou, tiveram uma ultima relação; Renne já estava mais forte.
Com tamanha rapidez
Renne deu um golpe de energia em Lee que fez a cabeça ir para um lado e o corpo
para o outro.
Renne não se
apressou, foi tomar um banho, botou uma roupa e um calçado, prendeu o cabelo.
Renne se sentia
mais forte, havia roubado os poderes de Lee.
Era noite,
descobriu que estava a seis meses em uma casa julgada como abandonada próxima
ao templo, e que sua família havia a procurado por todos os lugares chegando a
pensar que estivesse morta, Renne voltou para o castelo. Lee a mantivera linda
como nunca, tudo para ele, que agora estava morto.
Renne entrou no
castelo, estava há quase um ano desaparecida. Foi ate o seu quarto trocar de
roupa, esperaria amanhecer para dizer oi.
Amanheceu, Renne
havia trocado de roupa, ouviu um choro de criança, longe, mas dentro do
castelo. A porta de seu quarto se abriu, Mey entrou:
- Vi você
chegando esta noite. Onde você esteve?
- Onde eu estive
não importa, o que importa mesmo é que Lee esta morto. Agora, me conta tudo que
aconteceu em quanto eu estive fora.
- Sezor e Luiza
se casaram, o filho deles, o pequeno Pedro tem apenas uma semana de vida.
Renne abriu um
leve sorriso, finalmente uma felicidade em sua vida.
Renne não se
sentia bem para contar suas experiências, prometeu nunca mais entrar naquele
templo.
Luiza estava
ainda mais bonita, segurava Pedro nos braços. Sezor vinha logo atrás, Renne
apareceu na porta de seu quarto, o casal estava no corredor, Luiza se assustou,
Sezor deu um forte abraço em sua irmã, Renne chegou perto de Luiza:
- Posso segurar
ele?
- Claro que sim.
Renne pegou o
pequeno nos braços, segurou uma lágrima ao lembrar do filho que perdeu.
- Ele ainda não
conhece as maldades do mundo. – Renne devolveu o bebê a Luiza – Com licença, eu
vou caminhar um pouco.
Renne sentou-se
em baixo de uma árvore de cerejeiras e começou a chorar. Alex chegou perto de
Renne, sentou-se ao lado da garota:
- Por que o
choro?
- Eu não agüento
mais guardar isto, eu preciso de alguém para desabafar. Pode ser você?
- Sim, sim,
conte, desabafe menina, prometo que guardarei segredo.
Renne chorava,
contou tudo o que passou, o que sentiu, os detalhes, Alex só ouvia, ela acabou
de contar, se jogou em um abraço para cima do general. Ele acariciou o cabelo
dela:
- Eu sei que não
é a melhor hora para isso, mas...
Alex deu um
selinho em Renne.
Alex
alevantou-se e saiu, Renne foi andando vagarosamente ao redor do castelo,
encontrou uma menina de cinco ou seis anos brincando. A criança se assustou e
agarrou-se a um pano vermelho que levava.
Aquela criança,
agarrada a aquele pano vermelho, lembrava muito a figura de Yoko quando
pequena, principalmente seus olhos, eram idênticos. Olhou para Renne com uma
expressão assustada no rosto que se transformou repentinamente em uma expressão
de raiva e ódio, que lembrou a Renne sua irmã louca.
Renne continuou
andando, entrou no castelo, Mey estava próxima a porta, usava uma longa capa e
estava rodeada de malas:
- Renne, eu só
estava esperando por você!
- Por quê? Vai
viajar?
- Vou, vou
conhecer o universo. Agora é com você para tocar este planeta. Tchau!
- Tchau.
Abraçaram-se,
Mey pegou suas malas e saiu.
Um dia se
passou.
Renne foi
acordada por Sezor:
- Parabéns
maninha!
- Que, há, o
que...? – Renne abriu os olhos, sentou-se na cama, deu um longo bocejo. – A, é
você! Do que esta falando?
- Luiza me
contou que você é a nova rainha de Scar Black, isso sem contar a enorme placa
no meio do povoado.
- Não sei não,
eu não me sinto confiante para esta missão.
- Vamos Renne,
pense...
- Ai, Sezor.
- Quanto tempo
desde o inicio de toda esta história, quantas mortes, quantas lembranças,
Renne, você ainda tem um futuro, você precisa seguir em frente, não faça isso
com você, você é a rainha de Scar Black! – Sezor olhou para os olhos da irmã,
ela olhava para o vazio, Sezor alevantou-se e saiu.
... Continua...
Nenhum comentário:
Postar um comentário