Hachiko
Sexo
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Masculino
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Nascimento
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10 de novembro de 1923
Odate, Akita, Japão |
Morte
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8 de junho de 1935 (11 anos)
Shibuya, Japão |
Nacionalidade
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Conhecido por
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Esperar o retorno de seu dono falecido durante anos.
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Proprietário
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Aparência
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Castanho claro com branco.
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Em 1924, Hachikō foi trazido a Tóquio pelo seu dono, Hidesaburō Ueno, um professor do
departamento de agricultura da Universidade
de Tóquio. O professor Ueno, que sempre foi um amante de cães,
nomeou-o Hachi (Hachikō é o diminutivo de Hachi) e o encheu de amor e carinho.
Hachikō acompanhava Ueno desde a porta de casa até à, não distante, estação de
trens de Shibuya, retornando para encontrá-lo ao final do dia. A visão
dos dois, que chegavam na estação de manhã e voltavam para casa juntos na
noite, impressionava profundamente todos os transeuntes. A rotina continuou até
maio do ano seguinte, quando numa tarde o professor não retornou em seu usual
trem, como de costume. A vida feliz de Hachikō como o animal de estimação do
professor Ueno foi interrompida apenas um ano e quatro meses depois. Ueno
sofrera um AVC na
universidade naquele dia, nunca mais retornando à estação onde sempre o
esperara Hachikō.
Em 21 de maio de 1925, o professor Ueno sofreu um derrame súbito
durante uma reunião do corpo docente e morreu. A história diz que, na noite do
velório, Hachikō, que estava no jardim, quebrou as portas de vidro da casa e
fez o seu caminho para a sala onde o corpo foi colocado e passou a noite
deitado ao lado de seu mestre, recusando-se a ceder. Outro relato diz como,
quando chegou a hora de colocar vários objetos particularmente amados pelo
falecido no caixão com o corpo, Hachikō pulou dentro do caixão e tentou
resistir a todas as tentativas de removê-lo.
Depois que seu dono morreu, Hachikō foi enviado para viver com parentes do
professor Ueno, que moravam em Asakusa, no leste de Tóquio. Mas ele fugiu várias vezes e voltou para a casa em Shibuya, e, quando um ano se passou e ele ainda não tinha se
acostumado à sua nova casa, ele foi dado ao ex-jardineiro do Professor Ueno,
que conhecia Hachi desde que ele era um filhote. Mas Hachikō fugiu daquela casa
várias vezes também. Ao perceber que seu antigo mestre já não morava na casa em Shibuya, Hachikō ía todos os dias à estação de Shibuya, da mesma forma como ele sempre fazia, e esperou que
ele voltasse para casa. Todo dia ele ía e procurava a figura do professor Ueno
entre os passageiros, saindo somente quando as dores da fome o obrigavam. E ele
fez isso dia após dia, ano após ano, em meio aos apressados passageiros.
Hachikō esperava pelo retorno de seu dono e amigo.
A figura permanente do cão à espera de seu dono atraiu a atenção de alguns
transeuntes. Muitos deles, frequentadores da estação de Shibuya, já haviam
visto Hachikō e o professor Ueno indo e vindo diariamente no passado.
Percebendo que o cão esperava em vão a volta de seu mestre, ficaram tocados e
passaram, então, a trazer petiscos e comida para aliviar sua vigília.
Por nove anos contínuos Hachikō aparecia ao final da tarde, precisamente
no momento de desembarque do trem na estação, na esperança de reencontrar-se
com seu dono.
Hachikō finalmente começou a ser percebido pelas pessoas na estação de Shibuya. Naquele mesmo ano, um dos fiéis alunos de Ueno viu o
cachorro na estação e o seguiu até a residência dos Kobayashi, onde conheceu a
história da vida de Hachikō. Coincidentemente o aluno era um pesquisador da
raça Akita e, logo
após seu encontro com Hachikō, publicou um censo de Akitas no Japão. Na época,
havia apenas 30 Akitas puro-sangue restantes no país, incluindo Hachikō da
estação de Shibuya. O antigo aluno do Professor Ueno retornou
frequentemente para visitar o cachorro e durante muitos anos publicou diversos
artigos sobre a marcante lealdade de Hachikō.
Sua história foi enviada para o Asahi Shinbun, um dos principais jornais
do país, onde foi publicada em setembro de 1932. O escritor tinha interesse em
Hachikō e, prontamente, enviou fotografias e detalhes sobre ele para uma
revista especializada em cães japoneses. Uma foto de Hachikō tinha também
aparecido em uma enciclopédia sobre cães, publicada no exterior. No entanto,
quando um grande jornal nacional assumiu a história de Hachikō, todo o povo
japonês soube sobre ele e se tornou uma espécie de celebridade, uma sensação
nacional. Sua devoção à memória de seu mestre impressionou o povo japonês e se
tornou modelo de dedicação à memória da família. Pais e professores usavam
Hachikō como exemplo para educar crianças.
A fama repentina de Hachikō fez pouca diferença para a sua vida, pois ele
continuou exatamente da mesma maneira como antes. Todo dia, ele partia para a
estação de Shibuya e esperava lá pelo Professor Ueno para voltar para casa. Em
1929, Hachikō contraiu um caso grave de sarna, que quase o matou. Devido aos anos passados nas ruas,
ele estava magro e com feridas das brigas com outros cães. Uma de suas orelhas
já não se levantava mais, e ele já estava com uma aparência miserável, não
parecendo mais com a criatura orgulhosa e forte que tinha sido uma vez. Ele
poderia ter sido confundido com qualquer cão mestiço.
Como Hachiko envelheceu, tornou-se muito fraco e sofria de dirofilariose, um verme que ataca o
coração. Na madrugada de 8 de marçode 1934, com idade de 11 anos, ele deu seu último suspiro em uma
rua lateral à estação de Shibuya.3 A
duração total de tempo que ele tinha esperado, saudoso, seu mestre, foi de nove
anos e dez meses. A morte de Hachikō estampou as primeiras páginas dos principais
jornais japoneses e muitas pessoas ficaram inconsoláveis com a notícia. Um dia
de luto foi declarado.
Seus ossos foram enterrados em um canto da sepultura do professor Ueno (no
Cemitério Aoyama, Minami-Aoyama, Minato-ku, Tóquio), para que ele finalmente se reencontrasse com o mestre
a quem ele havia ansiado por tantos anos. Sua pele foi preservada e uma figura
empalhada de Hachikō pode ainda ser vista no Museu Nacional de Ciências em Ueno.
Em 21 de abril de 1934, uma estátua de bronze de Hachikō, esculpida pelo
renomado escultor Tern Ando,
foi erguida em frente ao portão de bilheteria da estação de Shibuya, com um poema gravado em um cartaz intitulado
"Linhas para um cão leal". A cerimônia de inauguração foi uma grande
ocasião, com a participação do neto do professor Ueno e uma multidão de
pessoas. Pelo país afora a fama de Hachi se espalhou e a raça Akita cresceu.
Hachi foi convidado várias vezes para aparecer como um convidado em mostras de
cães, e também miniaturas e cartões postais dele começaram a ser feitos.
Porém, mais tarde, a figura e lenda de Hachikō foi distorcida e usada como
símbolo de lealdade ao Estado, aparecendo em propagandas que difundiam o
fanatismo nacionalista que acabaram levando o país à Segunda Guerra
Sino-Japonesa, no final da década de 1930 e também à Segunda
Guerra Mundial. Lamentavelmente, a primeira estátua foi removida e
derretida para armamentos durante a Segunda Guerra Mundial, em abril de 1944.
No entanto, em 1948 uma réplica foi feita por Takeshi Ando, filho do escultor
original, e reintegrada no mesmo lugar da anterior, em uma cerimônia em 15 de agosto. Esta é a estátua que está,
ainda hoje, na Estação de Shibuya e é um ponto de encontro extremamente famoso
e popular.
Todo dia 8 de abril é realizada uma cerimônia solene na estação de trem,
em homenagem à história do cão leal.
A lealdade dos cães da raça Akita já era conhecida pelo povo japonês há
muito tempo. Em uma certa região do Japão, incontáveis são as histórias de cães
desta raça que perderam suas vidas ao defenderem a vida de seus proprietários.
Onde quer que estejam e para aonde quer que vão, têm sempre "um dos
olhos" voltados para aqueles que deles cuidam. Por causa desse zelo, o
Akita se tornou Patrimônio Nacional do povo japonês, tendo sido proibida sua
exportação.
Se algum proprietário não tiver condições financeiras de manter seu Akita,
o governo japonês assume sua guarda.
Devido a todas suas qualidades, uma das províncias japonesas recebeu seu
nome, Akita-Ken.
Imagens do verdadeiro Hachi
Tumulo do professor Ueno e de Hachi |
Funeral de Hachi |
A estação... |
A estátua:
Em 1987, um filme japonês chamado Hachikô monogatari foi lançado e contava a história do
famoso cachorro e seu dono. Uma refilmagem americana foi feita em 2009,
intitulada de Hachiko: A
Dog's Story (Sempre ao Seu Lado, no Brasil),
estrelada por Richard Gere,
ajudou a popularizar a história do famoso cão no ocidente.
Cena do filme americano - 2009 |
Sempre ao seu lado
Lançamento 25 de dezembro de 2009
Duração: 1h 33min
Gênero: Drama
Nacionalidade: EUA
Capas dos filmes:
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Curiosidades: A estátua é citada
e representada em um episódio do seriado Whats new, Scooby-Doo?.
·
Em um episódio da quarta
temporada do seriado Futurama, intitulado Jurassic Bark (De Volta ao Passado, no Brasil), o
protagonista Fry encontra os restos fossilizados de seu cachorro, Seymour. Uma
chance de clonar o animal é oferecida a ele,
mas no meio do processo ele desiste, acreditando que o cachorro o teria
esquecido depois que ele foi congelado, e que ele deveria também seguir em
frente. No final do episódio é revelado que Seymour esperou por Fry por doze
anos, até sua morte.
·
No episódio Rikyu, O Cachorrinho em Frente à Estação,
o anime Cãezinhos de Sorte homenageou
a história de lealdade de Hachiko (2002).
·
No 21º episódio do anime InuYasha, a estátua também é
representada.
Na verdade ele morreu em 1935...
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