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parte 1
parte
4
parte
5
- Eu também. Esta tudo bem?
- Sim. Onde você esteve?
- Por ai... Na cidade...
- Posso te pedir uma coisa?
- O que?
- Tira os óculos escuros?! Quero ver os seus
olhos.
Ela virou a cara para o outro lado:
- Não, eu tenho vergonha.
- É que é uma sensação estranha, eu sei que
estou olhando para os seus olhos quando conversamos, mas nem menos sei a cor de
seus olhos.
Ele tentou beijá-la, mas ela recuou e se
alevantou do banco, ele também ficou em pé.
- Por favor, não!
- Tudo bem. – ele abaixou a cabeça.
- Sobre os óculos escuros, bom, eu tenho
medo de que você se assuste e nunca mais queira me ver.
- Ninguém tem olhos feios, é a coisa mais
bonita que cada um tem.
- É que me falta um deles. – ela puxou os
óculos vagarosamente, revelando um olho esquerdo vermelho e brilhante, como de
uma serpente albina e a falta do olho direito, no lugar, um remendo de carne
viva.
Sezor se segurou para não magoar a garota,
ele não mudou sua expressão, disse:
- Você é linda! Quer conhecer a minha
família?
- Tudo bem! – ela recolocou os óculos
escuros.
Sezor abriu os braços, ficaram alguns
segundos em um abraço terno, acolhedor, forte, apertado, bom.
Ele botou o braço esquerdo em volta da
“namorada” e começaram a andar em direção ao cemitério a as suas três vistosas
mansões. Mim Kim Lu perguntou:
- Em qual delas você mora?
- Não sei, em todas talvez.
Ela deu um rizinho.
Eles se dirigiram a casa dos Zakaminy,
entraram pela porta dos fundos, Sezor e Mim Kim Lu estavam de mãos dadas.
Renne e Yoko, que discutia sobre atores de
TV pararam e começaram a dar risada.
Lady Dark entrou andando pela porta, ela
vinha do escritório com um livro enorme nas mãos. Olhou para Sezor e Mim Kim
Lu, Sezor disse:
- Família, essa é Mim Kim Lu. Aquela é Yoko,
minha irmã gêmea, a outra é Renne, minha irmã mais velha, e aquela é minha mãe,
pode chamá-la de Lady Dark. – ele apontava a quem se referia.
Renne lia o livro que Lady Dark trouxera.
Yoko comia uma maçã, as duas estavam sentadas à mesa, Lady dark estava em pé,
perto do casal, pensou: “estranho, aquela garota, não achou estranho eu ser mãe
de adolescentes, quase adultos e parecer uma pré-adolescente? E outra, nós
estamos em uma cidade deserta!... Já entendi!”.
Lady Dark deu um sorriso apático a Mim Kim
Lu e chegou perto das garotas, explicando alguma coisa do livro.
Renne achou estranho o fato de a garota não
se assustar quando Yoko fez o copo vazio levitar até a pia.
Mim Kim Lu ficou sem graça, falou bem
pertinho do ouvido de Sezor:
- Já vou indo.
- Se é assim que você quer, tchau! – ele respondeu
no mesmo tom de voz que ela. Acompanhou-a até a porta e fechou a porta quando a
garota saiu. As garotas olharam de um jeito estranho para ele, que nem se
importou e saiu pela porta para o andar de cima.
Alguns dias se passaram, Sezor se encontrava
seguidamente com Mim Kim Lu, quase nem parava em casa, o garoto estava
completamente apaixonado.
Sezor caminhava pelo corredor e cantava,
Lady Dark apareceu na frente dele, encurralou-o contra a parede e disse:
- Ela não lhe faz bem!
- Ela me faz feliz.
- Não, não faz! Escute-me e corte a sua
relação com essa garota antes que piore!
Lady Dark desapareceu, Sezor disse a si
mesmo:
- Que relação?!... Nunca trocamos um beijo.
Ele baixou a cabeça e continuou andando.
De noite, naquele mesmo dia, já beirando a meia
noite. Renne passeava pela cidade. Lady Dark levitava pelos céus, reconheceu
sua filha. Os gêmeos caminhavam algumas quadras à frente.
Lady Dark viu uma quinta pessoa na rua, logo
atrás de Renne, viu alguma coisa reluzente, uma faca talvez,... Não, era um
raio de poder, entre as mãos de Mim Kim Lu.
Lady Dark não conseguiu pensar direito,
atirou silenciosamente um efeito de escudo às costas de Renne, mas Mim Kim Lu
atirou o poder em Lady Dark, que caio do ar, caiu de uma grande altura no chão,
atrás de uma casa velha e abandonada a mais de anos.
Renne ouviu o barulho e virou-se para trás
fazendo uma explosão proposital em uma das casas próximas, fazendo voar
escombros para todos os lados, os gêmeos vieram correndo e pararam atrás de uma
árvore, atrás da fumaça apareceu o rosto de Mim Kim Lu, que, aos poucos se
transformou em uma bonita Mey Death.
- A, merda! – gritou Sezor.
- Eu havia matado ela?!...- disse Yoko, mais
para si mesma do que para os outros – Não matei?
- A querida, desculpe te decepcionar. –
desdenhou Mey – Eu desapareci antes de você me acertar.
- O que você quer?!... – gritou Renne.
- Vingança!
A minha querida irmã matou a minha mãe. – Mey ficou vermelha de raiva,
ela tentou se segurar, mas uma lagrima caiu de seu rosto.
- Não adianta tentar se fazer de santa,
agora vai ter o que merece. – disse Renne.
- Garota tola, eu quero a minha chance, ao
envés da queridinha da mamãe. Era pra eu levar o Rubi da Luz pra nossa
dimensão, por isso ela matou a mamãe e depois, nos planos dela, ela ia me matar,
e o nosso irmão, que se ferrasse!
- Chega! – gritou Renne atirando uma bola de
luz negra que acertou Mey.
Mey
caiu no chão e ficou se contorcendo e gritando de dor, o sangue dela começou a
escorrer, como em uma vala imaginária que fazia um círculo em volta de Renne,
uma fumaça cinza começo a sair do corpo de Mey concentrando-se em um corpo de
luz que entrou no corpo de Renne, e o sangue começou a subir do chão como se
estivesse evaporando, a bola negra desapareceu, Mey não existia mais e uma aura
brilhante de um vermelho sangue envolvia Renne, houve um repentino clarão de
luz que deixou os gêmeos cegos por alguns segundos.
Quando voltaram a si viram uma Renne um
pouco mais alta, com a roupa rasgada e com um brilho diferente nos olhos.
Não havia mais dúvidas, Mey estava morta.
...
Continua...
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